Um dia eu volto a te ver,
Bela, envolta no sol matutino.
Entre palmeiras, mangueiras, sabiás,
O sorriso que acolhe o rio-mar,
Sorriso doce, maroto, menino.
Um dia eu volto a te ver,
Sentir o perfume do verde no chão.
As luzes da noite, o calor do dia,
Ah, um tacacá! Como eu queria
Provar, aprovar, me fartar de perfeição.
Um dia eu volto a te ver,
Soltar o brado papa-chibé.
Eu sou do Norte,
Pode vir forte,
Eu tenho raça, eu tenho fé.
Um dia eu volto a te ver,
Olhar, tocar, ouvir.
Sou refém da saudade feroz,
Lá fora o frio embarga a minha voz,
Junto com lágrimas de Patchouli.
Um dia eu volto a te ver,
Úmida, sob nuvens de encanto,
Recebendo a chuva sagrada,
Com e sem hora marcada.
Dos periquitos, o canto.
Um dia eu volto a te ver,
Cidade onde está sempre tudo bem.
Longe eu sofro de pensar
Na maravilha que é estar
Na minha bela Belém.
IMAGEM: http://www.ifmsabrazil.org/Resources/Pictures/belem.jpg
Um comentário:
Me conquistou com tal texto!
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