Fevereiro. Quantas lembranças
boas me ocorrem quando ouço esse nome, um mês sempre cheio de alegria, de
brilho. Dessa vez é diferente. Nada brilha na minha vida, tudo é cinza, é
triste. Os arlequins não são mais os mesmos desde que a minha avenida perdeu
sua passista mais formosa. Hoje eu não consigo mais dançar o balé do samba,
estou sozinho. Hoje eu não sou nada mais do que um fevereiro sem carnaval.
boas me ocorrem quando ouço esse nome, um mês sempre cheio de alegria, de
brilho. Dessa vez é diferente. Nada brilha na minha vida, tudo é cinza, é
triste. Os arlequins não são mais os mesmos desde que a minha avenida perdeu
sua passista mais formosa. Hoje eu não consigo mais dançar o balé do samba,
estou sozinho. Hoje eu não sou nada mais do que um fevereiro sem carnaval.
A pior recordação que fevereiro
poderia me trazer, agora corrói meus pensamentos, destroça meu coração que, há
um ano atrás, transbordava de emoção, quando de sua boca ganhei o melhor
presente que Deus poderia ter nos dado. Um fruto do samba, que sofre, tão
pequeno, sem saber ainda que nunca verá sua mãe carregando o maior orgulho da
comunidade. Do jeito único, que me conquistou. As luzes que brilhavam feito
estrelas, seguindo o astro maior, que passava e ficava na memória de quem a
via, plena, flutuante.
poderia me trazer, agora corrói meus pensamentos, destroça meu coração que, há
um ano atrás, transbordava de emoção, quando de sua boca ganhei o melhor
presente que Deus poderia ter nos dado. Um fruto do samba, que sofre, tão
pequeno, sem saber ainda que nunca verá sua mãe carregando o maior orgulho da
comunidade. Do jeito único, que me conquistou. As luzes que brilhavam feito
estrelas, seguindo o astro maior, que passava e ficava na memória de quem a
via, plena, flutuante.
A sorte dos nossos olhos se
cruzaram, o acaso dos nossos corações se encontraram, e tudo era um grande
fevereiro a partir de então. Vivemos intensamente cada momento, escrevemos o
melhor samba enredo, que escola nenhuma seria capaz de representar com
perfeição. Cada acorde se encaixava, os passos eram precisos, a rainha do meu
carnaval. Que me perdoem o sacrilégio, mas o manto sagrado ficou em segundo
plano. Quem o empunhava era, sim, o destaque. O monumento.
cruzaram, o acaso dos nossos corações se encontraram, e tudo era um grande
fevereiro a partir de então. Vivemos intensamente cada momento, escrevemos o
melhor samba enredo, que escola nenhuma seria capaz de representar com
perfeição. Cada acorde se encaixava, os passos eram precisos, a rainha do meu
carnaval. Que me perdoem o sacrilégio, mas o manto sagrado ficou em segundo
plano. Quem o empunhava era, sim, o destaque. O monumento.
Desde então o meu samba não
perdeu o tom, agora éramos dois. Mas os deuses da Sapucaí resolveram aprontar
comigo. Te levaram, morena linda, e me deixaram sem seu perfume, seu sorriso,
sua simpatia. O mestre-sala não existia mais, as alegorias deram lugar ao negro
do luto. Tão jovem! Desandou, o carro enguiçou, meu coração se despedaçou, feito
um punhado de paetês que caem das nossas mãos. A diferença era o brilho.
Pedaços opacos, sem vida. Sem o pulsar da bateria, que regia o meu desfile.
perdeu o tom, agora éramos dois. Mas os deuses da Sapucaí resolveram aprontar
comigo. Te levaram, morena linda, e me deixaram sem seu perfume, seu sorriso,
sua simpatia. O mestre-sala não existia mais, as alegorias deram lugar ao negro
do luto. Tão jovem! Desandou, o carro enguiçou, meu coração se despedaçou, feito
um punhado de paetês que caem das nossas mãos. A diferença era o brilho.
Pedaços opacos, sem vida. Sem o pulsar da bateria, que regia o meu desfile.
Ainda não entendo, nem aceito, o
enredo desse samba, amor. Não consigo ver a Sapucaí sem o seu charme, eu não me
vejo mais sorrindo, encantando o público, como antes eu só fazia ao seu lado.
Nenhum jurado era capaz de achar a nota máxima para o nosso entrosamento, que
ia muito além dos limites da Passarela. Estou triste. Mas ainda tenho você como
uma estrela, linda, no céu de confetes e serpentinas, que sempre foi o nosso
amor.
enredo desse samba, amor. Não consigo ver a Sapucaí sem o seu charme, eu não me
vejo mais sorrindo, encantando o público, como antes eu só fazia ao seu lado.
Nenhum jurado era capaz de achar a nota máxima para o nosso entrosamento, que
ia muito além dos limites da Passarela. Estou triste. Mas ainda tenho você como
uma estrela, linda, no céu de confetes e serpentinas, que sempre foi o nosso
amor.
E me deste um presente, maior do
que qualquer paixão musical. Ela vai seguir os seus passos, morena. Será uma
linda porta-bandeira, e um dia desfilará comigo. Quando esse fevereiro chegar,
eu poderei olhar para cima e dizer: é você que está aqui. Você nunca deixará de
ser a regente das batidas do meu coração. Sempre estará no meu grupo especial.
Eu sei que o tempo irá ajudar. Eu ficarei forte. Depois da apuração, eu
voltarei a sorrir, como fiz sempre. Esse fevereiro não tem carnaval, mas o
próximo terá, e eu passarei pela avenida, cantando para a minha escola, para a
minha comunidade. Para a minha eterna porta-bandeira.
que qualquer paixão musical. Ela vai seguir os seus passos, morena. Será uma
linda porta-bandeira, e um dia desfilará comigo. Quando esse fevereiro chegar,
eu poderei olhar para cima e dizer: é você que está aqui. Você nunca deixará de
ser a regente das batidas do meu coração. Sempre estará no meu grupo especial.
Eu sei que o tempo irá ajudar. Eu ficarei forte. Depois da apuração, eu
voltarei a sorrir, como fiz sempre. Esse fevereiro não tem carnaval, mas o
próximo terá, e eu passarei pela avenida, cantando para a minha escola, para a
minha comunidade. Para a minha eterna porta-bandeira.
Um comentário:
Égua meu brother...fodástico o texto...curti mt as metáforas...tá muito bom mesmo...publica seu, sem papo...um desses o liberal num rejeita nunk...
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